Economia Criativa - Dia 08

07/07/2013 13:25
Criatividade. Palavra de defi nições múltiplas, que remete intuitivamente à capacidade
não só de criar o novo, mas de reinventar, diluir paradigmas tradicionais,
unir pontos aparentemente desconexos e, com isso, equacionar soluções para
novos e velhos problemas. Em termos econômicos, a criatividade é um combustível
renovável e cujo estoque aumenta com o uso. Além disso, a “concorrência”
entre agentes criativos, em vez de saturar o mercado, atrai e estimula a atuação
de novos produtores.
Essas e outras características fazem da economia criativa uma oportunidade de
resgatar o cidadão (inserindo-o socialmente) e o consumidor (incluindo-o economicamente),
através de um ativo que emana de sua própria formação, cultura
e raízes. Esse quadro de coexistência entre o universo simbólico e o mundo concreto
é o que transmuta a criatividade em catalisador de valor econômico.
Cultura e economia sempre andaram pari passu, já que a interpretação de ambos
os conceitos refl ete uma época e seus valores. Bens e serviços culturais e criativos
estão enraizados em nossas vidas e são consumidos sem necessariamente
ser intermediados pelo mercado. A questão crucial é que a sustentabilidade da
produção cultural depende da capacitação de talentos (o que implica a possibilidade
de o produtor cultural sobreviver de sua produção ou ter tempo ocioso
para se dedicar a ela de maneira diletante); que essa produção ou tradição circule
(garantindo assim a renovação da diversidade cultural); e que o acesso a essa produção
seja garantido (em especial dos jovens), em um jogo de forças da cultura
de massas acirrado pela globalização.

 

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Simpósio Ipu